29 de fevereiro de 2012

O que nunca dizer ou fazer a uma mulher (20 dicas)

Vamos ver se nos entendemos, de uma vez por todas. Há coisas básicas que os homens nunca, mas mesmo nunca, devem fazer a uma mulher e se ninguém vos diz, então como esperamos que aprendam. Acho que tenho aqui o dever de vos elucidar sobre alguns pormenores que a vocês vos escapam e que nós não perdoamos.

Ficam aqui algumas regras para que alguns homens as possam ler, imprimir e usar como cabula até decorarem:

1- Nunca elogiem 2 ou mais amigas ao mesmo tempo, escolham apenas uma para o fazer. O que vos passa pela cabeça, quando atiram frases como "vocês são as raparigas mais sensuais que estão aqui"? É para virarmos as costas e seguirmos noutra direcção, na vossa é que não é!
Não se esqueçam que é sempre a mulher que escolhe, o ideal é ficarem atentos, verem qual é que está a manter contacto visual e depois, nesse momento, dirigirem-se até lá;

2- Nunca troquem o nome! Como é que ainda não sabem o nome da rapariga com quem estão a falar? Comecem sempre por perguntar o nome, tentem decora-lo repetindo-o algumas vezes, escreve-lo na mão, arranjar um nick name, qualquer coisa, mas não troquem o nome!

3- Sejam simpáticos, mas não de mais, para as amigas. Às tantas vamos achar que estão a tentar perceber com qual das duas vai pegar, e acabamos por sair dali;

4- Importam-se de pedir o telefone? É fundamental pedir o telefone. Já agora experimentem surpreender e, para variar, liguem no dia seguinte. Não ligar, nem enviar uma mensagem é darem um tiro no pé, é perderem qualquer hipótese de voltarem a ter alguma coisa, nem que seja dali a uns meses;

5- Não falem da ex-namorada logo no inicio, senão, adoptamo-vos automaticamente como amigos;

6- Importam-se de não manter uma relação pelo facebook? Que falta de Homem! Liguem!!

7- Quando estão a meter conversa, não se ponham a olhar à volta ou para o lado, foca-te! Estamos mesmo à tua frente;

8- Não digam – já te ligo – se não tencionam ligar. Ninguém pediu para ligar, por isso se é numa de nos deixar na expectativa, deixem estar, ninguém quer isso;

9- Evita dizer que queres ir para casa com a pessoa que acabaste de conhecer, não é de muito bom tom. Que tu queres isso, já sabemos a partir do momento que começaste a meter conversa, se mostrares que não é só isso que queres, é que, talvez marcasses mais pela positiva;

10- Não mexam no nosso telemóvel! Isso é pessoal, não temos de vos mostrar a nossa vida toda. Uma coisa de cada vez, mas essa NUNCA!

11- Ninguém acha muita graça ao engraçadinho que oferece rosas a todas as raparigas que encontra, dá logo para perceber que estás a tentar safar-te com qualquer uma;

12- Também não vale a pena seres show off, pedir garrafa de champanhe, morangos e na volta ainda pedes que a garrafa traga fogo de artifício, não são essas coisas que nos impressionam;

13- Levar uma rapariga a beber um copo ou a jantar e nao ter dinheiro nem para pagar a vossa parte... Sem comentários!

14- Se combinaram um copo, um café, um jantar, qualquer coisa, não desmarquem em cima da hora, já sabem que não podem há mais tempo, sejam civilizados! E não finjam que se esqueceram e nem sequer ligam a desmarcar, isso é total desrespeito!

15- Não respondam a mensagens com um "OK", é muito irritante. Nós não adivinhamos o que é que isso quer dizer. É insípido, indiferente. Esforcem-se mais um bocadinho;

16- O que é isto de não responderem de todo às mensagens, ou demorarem um dia a responder? Não é o tempo que demoram que mostra o que vocês estão a querer transmitir, mostra é que são parvos, ou que nos estão a tentar fazer de parvas;

17- Meu querido, se me foste buscar a casa, levas-me. Não me vais mandar de taxi;

18- Nunca digam para termos calma, porque isso só nos faz descontrolar definitivamente;

19- Não te apoies nos teus amigos para falar connosco. Fala só tu, esquece-os por um tempo. Deixa-os ir para outro lado, mostra o que é que tu queres, ou vou começar a achar que tu és quem segue os outros e não o que és seguido;

20- Se combinaste, aparece! É o pior que podes fazer a uma mulher, é desrespeito absoluto e má educação.


Como é óbvio que faltam aqui muitas outras frases ou situações, mas para isso peço ajuda a todas as leitoras que acrescentem as que se lembrarem. Os homens precisam mesmo de aprender, e como o homem é, só sabe se lhe disserem.


Special Agent Naughty

28 de fevereiro de 2012

Falar do que não se sabe...

Hoje estive 2 horas à voltas porque pedi indicações a um Senhor que tentou ser amável (a única explicação possível) e me mandou para um sítio que não tinha nada a ver. Cheguei tarde à reunião e ainda levei na cabeça da minha chefe. Estou em crer que teria sido bem mais amável ter-me dito "olhe menina, desculpe lá mas não conheço essa rua". Eu tinha-o desculpado e, muito provavelmente, teria conseguido lá chegar num instante.
 
 
É esta dificuldade em assumir que não sabe ou em estudar um assunto antes de opinar, que corre nas veias de qualquer português que se preze, que me tira do sério... embora reconheça que é fácil cair na tentação. É uma espécie de desporto nacional!

Vejamos o seguinte exemplo: A Sara Norte foi apanhada com 800 gramas de haxixe no estômago e condenada a 16 meses. Toda a gente conhece a Sara Norte, a Carla Lupi e o Vitor Norte da televisão logo toda a gente sabe o que é que se passou, como, quando e porquê. Todos sabemos que foi em Algeciras pelo que o onde não é relevante neste caso.

Até certo ponto acho normal que as pessoas comentem e, de alguma maneira, percebo a indignação " como é que é possível que a rapariga se tenha metido nisto?" porque afinal tudo apontava para um futuro promissor na área da representação; a surpresa " então ainda agora foi apanhada e já foi condenada?" porque todos sabemos que em Portugal ia ter que esperar 2 anos para ser julgada e até mesmo a ironia " no melhor pano cai a nódoa", porque há pessoas que se alegram com o mal dos outros. Agora, por mais que me esforce, o que eu não consigo mesmo perceber é que as pessoas opinem sobre os motivos que a levaram a cometer este crime, até porque serão vários e complexos. No entanto, basta ler os comentários nos jornais online para perceber que 90% dos portugueses acha que sabe exactamente o que é que passou e que a culpa é toda do Vitor Norte . Como se os conhecessem...
 
 
Estes conhecimentos aplicam-se desde assuntos mais complexos como a intervenção da Troika, os cortes salariais, o aumento do desemprego - porque de repente somos todos economistas - a assuntos triviais, como a homossexualidade de todos os homens famosos que estão solteiros, as razões que levaram a Sonia Brazão a rebentar com a casa e por aí fora.
 
 
Eu tenho uma dúvida: Se a solução para a crise é tão simples, porque é que anda meia Europa a afundar-se? Não seria mais fácil pedir ajuda ao Sr. Zé da frutaria? E se toda a gente conhece a Sara Norte e/ou os pais porque é que não falaram com eles a tempo de evitar a desgraça? O mesmo se aplica à Sónia Brazão.
 
 
Se repararem, quando acontece uma qualquer desgraça há sempre alguém que "estava mesmo a ver". Ou seja, para além de sabermos tudo ainda somos bruxos, adivinhamos as desgraças! As dos outros, porque quando nos toca a nós somos sempre apanhados de surpresa e adivinhem? Não gostamos que os outros comentem... e que falem daquilo que não sabem!
 
 
Sabem o que vos digo? A humildade é uma coisa muito bonita e o discernimento para saber quando é que a nossa opinião é necessária também....

Special Agent Drama


27 de fevereiro de 2012

As dúvidas do fim das relações

Porque é que as pessoas teimam em arrastar relações que já terminaram, acreditando que se trata apenas de uma fase, iludindo-se que as coisas vão mudar?

Decidem avançar lentamente com a vida delas próprias noutro sentido, sem avisar. Mas quer queiram, quer não, a cabeça muda, deixam de viver inteiramente a relação, afastam-se lentamente, como forma de protecção ou técnica de fugir à questão.

Não seria mais simples se simplesmente decidissem logo, sem boicotarem a sua e a vida de quem está com vocês? Não seria mais fácil, enquanto há respeito, carinho e alguma dúvida, que tomassem uma decisão consciente, sem acabar por enganar num permanente silêncio sobre aquilo que está mal e que não sabem resolver?

A decisão irá ser sempre tomada, mais tarde ou mais cedo, é apenas uma questão de tempo, mas mesmo assim o medo de se arrependerem ou da reacção do outro impedem-nos de avançar e de recomeçar a nova vida mais cedo.

Quando há dúvidas não há dúvida nenhuma!
Não se iludam, a dúvida é apenas um bloqueio que utilizamos para não ver a realidade, para a distorcer, porque é sempre difícil encarar de frente, de forma fria e racional que falhámos, que afinal não era aquilo, que as coisas não estão bem.

Para quê adiar mais um dia? Manter o mau estar inquietante que paira na nossa cabeça durante mais tempo? Para quê magoar sobre o que não se consegue falar?

Acredito que não seja fácil, sei que é difícil largar e mudar de um dia para o outro aquilo que até aqui era garantido. É difícil encararmos alguém que confia em nós com uma realidade diferente da que está, até aqui, habituada. Mas continuarmos a arrastar apenas por falta de coragem, de discernimento concreto da situação, não é solução.

É bom sermos corajosos, sinceros, objectivos. É bom conseguirmos ser fieis e sentirmo-nos bem com as nossas atitudes por mais duras e difíceis que possam parecer. No fim respiramos fundo, sentimos a moinha dentro de nós da tristeza da separação, mas o orgulho daquilo que provámos ser, acaba por vencer e sentimos que tomámos a decisão acertada no momento certo.

Muitas vezes, sem sabermos, acabamos por largar cedo demais, mas não largámos a oportunidade de voltar, porque acabámos numa altura de dúvida, em que os sentimentos ainda existiam, mas que estavam ofuscados por questões que, no momento, não eram passíveis de resolução. O facto de se separarem numa fase prematura, em que ainda nada se perdeu, deixa a oportunidade de ver, de longe, tudo de forma mais clara, e quem sabe, recomeçar uma relação que se poderia ter perdido, apenas por se ter insistido, por se ter arrastado, acabando por desgastar até ao limite do sentimento.

Special Agent Naughty

24 de fevereiro de 2012

O guia dos solteiros trintões

- O clássico Engatatão - aspecto normal, bem vestido. Só tem um objectivo, que será redundante apontá-lo. Usa e abusa dos mesmos chavões, frases e spots; o esquema é sempre o mesmo. Não tem qualquer espécie de amor-próprio, é capaz de dar a mesma conversa a "n" miúdas na mesma noite, num rácio de sucesso de 1 para 20. Mas como há sempre uma... Carro: Fiat
- O Metrosexual - Fashion até aos pormenores mais pequenos. Nada falha. Bronzeado, musculado, barba impecável, roupa ultimo grito. Até demais. Peca pelo excesso, pelo sorriso dos dentes branqueados. De discurso eloquente, não está ali para brincadeiras e sim para se pavonear e "marcar" alvos específicos. É ultra selectivo. Carro: Alfa Romeu ou Ferrari.
- O Pintas - camisa branca da Pólo aberta até à cintura, muitos pelos, o fio de prata e os sapatos de vela. Está ultrapassado há 300 anos e ainda ninguém o avisou. Todo o discurso gira à volta do seu ego confiante, e o objectivo é levar a piquena até ao seu BMW ou porsche último modelo.

- Os que têm namorada/mulher - Auto de fé para estes. Os piores de todos, os chamados sem-vergonha.
- Os Flirters- gostam disso mesmo, de flirtar, de saber se conseguiam conquistar uma mulher. Quando na realidade só querem é saber isso mesmo, tipo "mais uma vitória moral". São os chamados teasers. Podem ter mulheres ou namoradas, mas não resistem a este fenómeno.
- Os Confiantes - olhar matador, transbordam confiança. Sabem o que têm a fazer e como fazer. Não dão nas vistas, são discretos, e "aprisionam" as vítimas numa altura e num local pouco visível, depois de as levarem até ao seu Spot. Carro: discreto.


- O Cavalheiro Britânico - tentativa de imitar o típico inglês, veste o seu Harris Tweed, camisa azul e os seus sapatos de berloque. Já viajou por toda a Commonwealth, desde Oxford Road até às caçadas em África. Que, tal como este, estão em vias de extinção. Carros só ingleses, com o jaguar em primeiro plano, ou ainda o Aston Martin para os mais desportivos. Prima pela sua educação aparente, mas depois falha em pormenores básicos que o desmascaram.

- O Intelectual - Indiana Jones dos trintões, sempre de mala a tira colo, despenteado, ar aluado, cheio de livros, vai as últimas conferências. A camisa abotoada até acima, os óculos de massa, é um género interessante porque conhece a fundo historia e literatura. Ideal para uma visita a um museu, exposição de antiguidades ou daqueles filmes intelectuais estilo Branca de Neve. Será, por assim dizer, uma espécie de enciclopédia ambulante. É interessante ouvir uma hora, mas depois mais parece um monólogo. Carro: Transporte Público ou o carro que o avó Indiana lhe deixou.

- O Falso intelectual - Frases feitas, conhecimentos decorados em cima do joelho, dá ares de parecer perceber mas depois tem grandes falhas porque não tem as bases. Usa camisolas de gola alta e gabardine. Muitas vezes engenheiros, que por mais que leiam e se informem, não têm a capacidade das pessoas de letras. Carro: um clássico, não original mas cópia.
- Os que só sabem falar da sua profissão/trabalho -  desesperante…
- O PT - forma física invejável, sem pelos em parte alguma do corpo, usam sunga na praia e camisa de mangas cavas. Zero inteligência.
- O Desesperado - atira-se a tudo o que se mexe, adiciona tudo no facebook, melga os amigos para lhe apresentarem as amigas solteiras. Zero sucesso.

- O Encalhado - tenta "estabelecer contacto" com um ser que tenta desesperadamente perceber, a mulher por excelência. Tenta a abordagem, fica nervoso, fala demasiado, rapidamente e inconvenientemente: ao terceiro café começa a falar de filhos. É um rapazola sério mas com pouca auto-estima e confiança. Poderá ter qualidades inegáveis, mas o seu comportamento e ou atitudes afastam as mulheres.

- O profissional de sucesso, típico "workaholic" - arrogante e egocêntrico, olha com desprezo e com desdém as pessoas em geral. O caso é ainda mais complicado se for professor de Direito.
- O Cristiano Ronaldo - need to say more?

Até...
O relaxado. Não procura nem deixa de procurar. Simplesmente a conquista da mulher não é - ou deixou de ser - uma obsessão. Alguém que está bem consigo mesmo, está tranquilo. Tem o seu passado resolvido e os pés no chão. Não faz filmes, é simpático e directo, mas non tropo. Impera a objectividade e a abertura para conhecer pessoas novas. Se houver oportunidade, tenta iniciar uma conversa, mas sem que isso faça parte de alguma obrigação. Não faz fretes quando “o outro lado” mostre-se egocêntrico ou “a última coca-cola do deserto”.

Agente Barney


23 de fevereiro de 2012

Aos solteiros e solteiras

A verdade é que homens e mulheres estão magoados, sim estão magoados de todas as relações falhadas, de todas as lágrimas que já choraram, das pessoas que perderam quando acreditaram que não podiam amar assim mais ninguém, do amor que ao longo da vida nos desiludiu.

Mas a grande diferença entre homens e mulheres, é que os homens fogem, escondem-se, tentam evitar novamente o amor, tentam controla-lo, evitam que se aproxime demasiado, tentam mantê-lo à distância, acreditando que assim evitam voltar a cometer os mesmos erros. Já as mulheres continuam a amar, a acreditar, a querer viver um grande amor, por muito que estejam mais protegidas, mais magoadas, apenas a escolha é mais dificultada, mas quando finalmente se encontra alguém especial, atiram-se novamente de pés e cabeça para uma nova relação.

A mulher nasceu a acreditar em princesas e contos de fadas, em príncipes que um dia aparecem montados num cavalo para as salvar e em finais felizes. O destino da mulher está traçado, acredita ela, desde o dia em que ouve a primeira história, a partir daí, espera uma vida, para ser salva e para finalmente viver o seu "felizes para sempre".

Mas vamos aos factos, homens, não vos leva a lado nenhum fugirem daquilo que sentem, pelo caminho podem perder um grande amor, apenas porque acharam que podiam controlar para se protegerem de alguém que já ficou no passado. Olhem mais em frente, para o que aparece e vos chama a atenção, para o que vos fez querer naquele momento, sem evitarem viver e sentir. Não se deixem bloquear por um passado que não volta, reajam ao futuro, deixem que este dê os seus passos, mesmo que devagar, deixem que estes tenham a oportunidade de surgir. Claro que não vão esquecer de um dia para o outro, mas vale a pena deixar que aos poucos outros sentimentos se sobreponham.

Mulheres, parem de ver futuro no primeiro homem que vos aparece à frente. Tentem ser mais selectivas, escolham também, não mudem o que acreditam todos os meses. Concentrem-se no que vos faz feliz agora e não queiram menos do que isso.
Sim, querem andar para a frente, sim, querem ter a oportunidade de voltar a amar, mas se em cada homem que vos desperte algum interesse, vão largar tudo para lutar por eles, eles vão sentir isso e mais depressa vão fugir. Por isso calma, conheçam primeiro, demora sempre algum tempo a conhecer bem, dêem o tempo e o espaço necessário para que possam perceber, sem pressão, se gostam de estar um com o outro. Não queiram viver depressa demais uma coisa que tencionam que seja para sempre. Façam a vossa vida e deixem que a nova pessoa vá entrando aos poucos nela, sem planos nem projectos.

Deixem-se surpreender!


Special Agent Naughty


22 de fevereiro de 2012

Livro de reclamações

Todas as pessoas deviam ser obrigadas a ter um. Quantas vezes não nos sentimos enganados por alguém, quantas vezes não nos iludiram mostrando uma personalidade que não tinham, que nos mentiram deliberadamente, ou simplesmente tentaram ser quem não eram?

Quando nos apercebemos que a realidade estava muito longe daquilo que pensávamos, ficamos tristes, furiosas, magoadas, desiludidas e ainda temos de ser nós a encontrar uma forma de lidar com isso, que nem sempre é assim tão fácil. Às vezes ainda tentamos dizer tudo o que nos fez de mal, na cara da pessoa que nos magoou, choramos, berramos, tentamos mostrar que não devem repetir. Outras vezes vamos simplesmente embora com mais um trauma, mostrando indiferença, mas sabendo que os próximos dias que se seguirão, serão tristes e de encaixe, que nos deixam mais uma ferida para carregar antes de ultrapassar.

Quem nos iludiu/enganou/fez-nos acreditar numa realidade distorcida/mentiu-nos, sai imune e nós é que nos lixamos porque andámos a perder tempo a acreditar numa mentira e ainda temos de passar por um processo de restauro.

Se houvesse um livro de reclamações tudo isto era mais fácil, não precisávamos mais de nos chatear com quem nos tentava enganar. Escrevíamos no livro de reclamações:


- Esta pessoa tentou passar por uma pessoa que não era. Peço justiça;

- A pessoa portadora deste livro de reclamações prometeu e não cumpriu. Venho assim pedir que seja aplicada uma coima por este dano;

- Sinto-me lesada por ter acreditado no que esta pessoa me disse. Desejo indemnização;

- Fui iludida por este senhor, como tal espero que lhe seja aplicado um tratamento regular de forma a garantir que não voltará a fazer o mesmo a ninguém;

- Este indivíduo tinha defeito, desejo trocá-lo.


E esperávamos que a autoridade reguladora das reclamações pessoais nos chamasse para depor contra o arguido. Nessa altura a justiça era feita e poderíamos dormir bem, porque o assunto estava resolvido, sem traumas, sem medo de nos voltarem a repetir o mesmo acto, e certamente que o mundo seria melhor, pois toda a gente pensaria duas vezes antes de tentar ou voltar a enganar.

Special Agent Naughty


20 de fevereiro de 2012

Pequeno manual prático para a minha sobrinha

Falo-te agora dos homens, esses seres que não compreendem as mulheres. Vais-te deparar com vários tipos, de todas as idades, formas e feitios.

Agora que estás no infantário, não tens de te preocupar (ainda...). Aproveita, porque agora "são tudo boas intenções". De qualquer forma, é o teu primeiro contacto com o sexo masculino da tua idade. Neste caso ficas a perder porque, como têm o teu tamanho, não lhes podes bater como fases com o teu irmão, sempre que ninguém está a olhar.

Os anos passam-se....e eis que estás com 10 anos. Aqui, se não antes, começa a aventura. Vais sentir os primeiros olhares, as primeiras cartinhas de amor...( se houver algum contacto físico desproporcionado, chamas logo o tio para por o bandalho na ordem).

Não sintas vergonha. Vê se lhe achas piada. A probabilidade de apanhares um toínas é baixa, dado que estes são por norma tímidos e não se vão aproximar. E sim, prepara te para seres o centro das atenções. Mas um "advice" do tio: não os trates mal. Por enquanto.

Estás agora no secundário, com 13/14 anos. Ui. Aqui começa o "real game". Aqui os homens vão para um lado e os meninos para o outro. No caso do teu tio, não foi para lado nenhum porque sempre andou em colégios de rapazes. Enfim, mas isto é um assunto entre o tio e a tua avó.

Be afraid, be very afraid. Desconfia. Faz- te difícil. Os homens não gostam de mulheres fáceis, e se acederes logo, ficarás logo rotulada. Como tu és muito gira, não vais ter problemas de escolha. Vê o perfil do candidato. Se for o popular da escola, o bad boy, que remédio. Mas não tenhas dúvidas que as outras vão olhar para ti de lado, cheias de inveja. Agora, mais do que nunca, entra o mundo do "diz que disse", das "não-tão-inocentes-mentiras", enfim, um (muito pouco) "admirável mundo novo".


Até que...entras para a faculdade. E agora tens 18 anos e a carta de condução. E não, o tio não te vai emprestar já o carro. Dás os toques todos com o carro do pai e depois falamos. E não penses que guias como o teu pai, ou, muito pior, o teu outro tio ou ainda como a tua mãe ou, o pesadelo, a tua avó.

Por esta altura, já deves ter tido o primeiro namorado "à séria". Mas agora é diferente, entras definitivamente no mundo dos adultos. Começam as festas da faculdade, e os shots à seria (eu quero acreditar que não vais ligar muito ao álcool antes).

Na faculdade, saem os meninos populares do liceu - que depois nunca chegam a lado nenhum da vida - e começas a sentir os olhares dos que te rodeiam. Desde já te digo, nada de engenharia no técnico nem cursos de letras que não levam a lado nenhum.

Aqui, podes conhecer o primeiro namorado que terás uma relação mais longa. E começarás a perceber as dificuldades de uma relação. As cedências, os sacrifícios, os ciúmes, enfim, um filme. Terás os primeiros momentos bons e maus. Não duvides.

Sairás depois para o mercado de trabalho. Aqui, segue uma regra: estas proibida pelo tio de te envolveres com alguém onde trabalhes. Nem pensar nisso!

Agora, que ganhas o teu primeiro salário, e com isso a tua independência financeira, vai-te divertir, viajar, estar com as amigas aos fins-de-semana.

Por esta altura, e se tiveres o espírito de observação do tio (LOL), já vais poder começar a pensar numa relação à séria. Aqui fica uma lista de requisitos

- Não há mais bad boys. Chega. Já te divertiste muito com eles, e por mais que te pareçam atractivos, eles não vão mudar. Nem por ti, nem por ninguém. Mais tarde, quando passeares com os teus filhotes no jardim, não te admires se os vires agarrados a outros homens ou miúdas com metade da tua idade.

- Mantém os olhos abertos. Atenta, mas sem mostrares.

- Os homens não gostam de mulheres fáceis, a não ser na faixa dos 20´s. Gostam de luta, portanto dá para trás, mas não em demasia. Impõe as tuas regras e deixa tudo claro desde o principio.

- Se chegaste aos 30´s, e ainda não encontraste ninguém, não tens de ficar preocupada. Os homens e as mulheres têm níveis de maturidade (e crescimento dos mesmos) diferentes. Começa a ver os homens mais velhos, próximos dos 40´s. Muito provavelmente vais encontrar aqui alguém já com a experiência e maturidade para te acompanhar.

Mas fundamentalmente...se conheceres alguém que consideres suficientemente interpretante, dá uma oportunidade. Não és a última coca-cola do deserto (quer dizer, para mim serás sempre), nem a primeira.

Regras:

– O carro. Vão te tentar impressionar. Se te apanharem com um descapotável último modelo, diz "que giro, o meu ex tinha um parecido, mas era maior e o motor fazia muito barulho"
– O restaurante. Se te levarem a um sitio da moda, daqueles que todos conhecem, dizes "ainda na semana passada estive cá e a comida não era nada de especial"
– O trabalho. se tiver um cargo xpto, tenta perceber como chegou lá. Cunhas dos pais e jotinhas partidárias não contam. Muitos MBAs e afins, desconfia.
– Os amigos. Estes normalmente são a nossa sombra...

Namorados:

– Tem de ter a capacidade de te surpreender, de fazer rir.
– A educação e os valores são fundamentais. Palavras menos educadas só no Estádio da Luz com o tio.
– Poucos, de preferência muito tempo, e pessoas recomendáveis. E não tentes aldrabar o tio porque este já tem muita experiência.
– Que fale a tua linguagem. Pessoas com educação e de meios muito diferentes, acabam por chocar, principalmente na educação dos futuros filhos. Amigos em comum, amigos dos pais, todas essas coisas que a tua mãe te irá perguntar um dia, têm uma razão de ser. Não quer dizer com isto que seja condição fundamental – não o é. Será segregador, mas com o avançar da idade, vais perceber o porquê.
– Que não te deixe ficar mal em qualquer lado. Um homem não perde a compostura, menos se o Benfica perder.
– Têm de te tratar bem, ser atenciosos, ouvir-te. Abrir-te a porta do carro. Mas não em excesso.

E quando te sentires nervosa pela presença dele, quando trocarem os olhares cúmplices como quem diz por telepatia "sei exactamente o que estas a pensar", se rirem e chorarem os dois....então...vais conhecer essa palavra tão difícil de pronunciar nos dias de hoje – e nunca mas nunca a uses em vão – amar. Mas depois o tio tem esta conversa contigo, ;)

Agent Barney



17 de fevereiro de 2012

As lições que nunca aprenderei

Quando andava no 5º ano, o miúdo mais feio de colégio pediu-me para andar. Eu não sabia o que isso era e não quis assumir a minha ignorância mas, aos 10 anos, já era esperta o suficiente para perceber que havia ali marosca e que se fosse uma questão de caminhar ao meu lado ele não me teria perguntado. E foi assim que decidi perguntar a alguém o que é que isso era antes de dar uma resposta definitiva e lhe disse " Vou Pensar".

Depois disto, toda a gente me veio perguntar se eu era namorada do Nuno, o ranhoso do fato de treino. Eu, muito atrapalhada, ia dizendo que não enquanto tentava explicar porque é que não recusei o pedido directamente.

Todos sabemos que os miúdos, quando querem, conseguem ser muito maus; os meus amigos e outras crianças que eu mal conhecia não eram excepção e durante 1 mês levei todos os dias com a piadinha "Onde é que está o teu namorado?". Até que se cansaram.

Acho que o que os demoveu foi o meu ar impávido e sereno, mesmo quando cantavam "olha os namorados, primos e casados", apesar de estar na desfeita por dentro. Todos sabemos o impacto que  pode ter numa criança de 10 anos que o resto da escola pense que somos namoradas do ranhoso mais feio de todos.

Dizem que o que não nos destroi, torna-nos mais fortes e esta história, por mais ridícula que possa parecer, ensinou-me bastantes coisas. Aprendi que não devo ser orgulhosa e que não devo ter vergonha de dizer " Não sei o que é isso". Se o tivesse feito na altura e tivesse perguntado ao ranhoso as suas reais intenções teria-me poupado a muitos desgostos. Também aprendi que, aconteça o que acontecer, nunca devemos perder a nossa dignidade - está claro que se eu tivesse chorado, tivesse perdido a cabeça e dado um par de estalos a alguém, tivesse gritado ou reagido como uma louca, em vez de 1mês de calvário teria que ter suportado 7. Mas, a lição mais importante que retirei disto tudo é que as pessoas esquecem-se. Tenho a certeza que já nem o ranhoso se lembra desta história...

Mas se as pessoas se esquecem porque é que nós não? Obviamente, não me refiro a esta história. Mais de 20 anos depois tenho outras tantas para contar em que, por minha culpa ou inadvertidamente, me meti numa alhada que, tempos depois, se vem sempre a revelar uma história sem interesse.

A minha dúvida é porque é que sempre que nos metemos numa alhada, fazemos um filme na nossa cabeça e andamos às voltas com um tema que não tem interesse nenhum? Não seria mais fácil fingir que não é nada connosco? Como eu fiz quando me vinham perguntar pelo meu namorado...

Special Agent Drama


ps: Ranhoso, se me estás a ler e te reconheces nesta história, mil desculpas!!!! No hard feelings....espero!

16 de fevereiro de 2012

A primeira relação e as outras todas - parte 2

Sentei-me com o meu sobrinho na praia, em cima do paredão e perguntei-lhe:
- Então e a tua namorada? Já estiveram juntos depois da conversa no facebook?

Apressado e defensivo, respondeu logo:
- Ó tia, era tudo a brincar! Eu estava só a dizer isso a fingir.

Pois, infelizmente tinha-me mostrado toda a conversa, as fotografias, tudo, por isso era difícil ele conseguir dar a volta. Decidi não pressionar, tentar abordá-lo mais tarde para perceber o que se tinha passado.

Quando voltámos para casa vi novamente surgir a oportunidade de falar sobre o assunto. O meu sobrinho correu para o computador e abriu o facebook. Debrucei-me sobre ele e perguntei: – Então, vais contar-me o que se passou para falarmos, ou preferes resolver isso sozinho?

Ficou durante um tempo a olhar entre mim e o facebook e sem saber o que responder, encolheu os ombros.

Assumi que a relação tinha acabado antes sequer de ter começado e disse-lhe: – Essas coisas acontecem todos os dias, não podes é deixar que gozem contigo.

Foi em cheio, olhou para mim e explicou-me: – Foi mesmo isso, ela estava a gozar comigo. Era uma brincadeira entre ela e as amigas. A verdade é que ela nunca gostou de mim e estava só a dar-me "baile" por eu ser novo na escola.



Senti novamente um reflexo entre o passado/infância e o hoje/fase-adulta: o problema é que nós mulheres percebemos cedo que podemos enfeitiçar os homens, desenvolvemo-nos mais depressa e isso traz-nos vantagens nas relações com os homens, acabamos por aproveitar essas vantagens e fazemos o que queremos deles.

Desde as primeiras relações que lhes infernizamos a vida. Uns anos mais tarde (no meu presente, no futuro do meu sobrinho), os homens depois de levarem tanta "tareia" das mulheres, de andarem às "cabeçadas" por não as entenderem, arranjam um escudo protector e a partir daí... Não há nada que os pare, ou que os deixe voltarem a sentir-se parvos/perdidos. Para não se deixarem usar, ou manipular pela sedução das mulheres, tentam fugir delas antes mesmo de as deixarem aproximar o suficiente.



Depois de olhar para o ar desolado do meu sobrinho, magoado pela primeira mulher de quem gostou, senti:
Estou pelos homens!
Realmente nós levamo-los ao limite enquanto eles ainda não se sabem defender, é natural que se defendam mais tarde, principalmente quando nós já estamos armadas até aos dentes.

Special Agent Naughty

15 de fevereiro de 2012

Desesperada ou Interessada?

Como sabem lançámos um desafio e quisemos saber a vossa opinião sobre o amor, sobre relações, sobre engates.... valia tudo!

Foi assim que conhecemos o Agente Barney ( saído directamente do "How I met your mother") que, gentilmente, nos brindou com uma visão totalmente machista sobre as solteiras! Não podíamos estar mais em desacordo mas também não podíamos deixar de publicar.

O texto que se segue é a opinião de um solteiro de 30 e tal sobre as solteiras, da mesma idade, "desesperadas" ou "potencialmente interessadas".  Agora queremos saber a vossa, independentemente da V/idade ou estado civil :)

" Relato de um trintão a caminho dos quarenta.


 As desesperadas

As mulheres desesperadas aparecem tanto nos locais mais prováveis - discotecas, festas, concertos e afins - como nos lugares onde menos esperamos, em casa de amigos, num qualquer jantar ou aniversário de algum amigo ou conhecido.

A facilidade com que se encontra uma mulher desesperada é directamente proporcional ao seu estado de desespero.

Imagine-se o caso em que, julgo, qualquer homem, terá maior probabilidade de se deparar com uma desesperada: a discoteca, local por excelência do engate. Local: num "spot" que tenha visibilidade para toda a pista de dança, de modo a que não esteja de costas para ninguém. Agora, de copo na mão, pare e observe tranquilamente. Mostrar distância. Estar relaxado e fundamental.

Agora que os pressupostos de "verificação de desesperadas" estão acertados, observe com atenção:

- Repare na "fauna". As desesperadas costumam atacar cedo - até as três da manhã no máximo. A partir dessa hora, ou "tiveram sorte" ou "ninguém lhes agradou o suficiente", ou simplesmente "desistiram". Alias, é fácil reparar: a partir dessa hora a população masculina aumenta muito em proporção na pista relativamente à feminina. Reparem nisto, vale a pena.

Mas vamos ao pedido inicial: a "detecção"

Neste caso, discotecas, "bares dançantes" ou concertos

Vê duas mulheres a dançarem sozinhas, sem companhia masculina aparente? Olham para tudo o que se mexe e riem? Estão ao ataque - ou na provocação.


Está no bar. Vê alguma mulher sozinha, que esteja ao pé do bar, a beber? Repare bem. Este "tipo de desesperada" é dá menos nas vistas do que a anterior. Olhe-a nos olhos. Veja se ela lhe retribui e perceba também se está também com olhares de "sou gira e quero companhia, venham buscar-me por favor". Outra "situação possível.



Já o caso é mais "bicudo" quando estamos perante...

...Grupos de mulheres. Muita atenção. A não ser que estejam de igual para igual - três homens amigos e três mulheres amigas, não se metam. Um homem que se "meta" com  uma mulher que esteja em grupo comete um pecado normalmente fatal: elas não costumam dar "bola" apenas porque não querem passar por "fáceis" perante as amigas. Não quer dizer que seja regra universal, mas nesta situação não é fácil perceber quais as verdadeiras intenções do grupo de mulheres, que muitas vezes saem "em bando" só para se divertir.

A potencialmente interessada..


...está calma e não mostra qualquer sinal de ansiedade. Está "na sua zona de conforto".  Ocasionalmente durante a noite, um amigo ou amiga pode encontrar alguém que, por uma razão ou outra, ache atractiva. Ai, discretamente, fala com o amigo ou amiga - se tiver confiança neles para isso - e pede alguma informação, do tipo "é de confiança, tem namorada, passado,...). Tudo isto muito rapidamente. Caso goste do que ouça, pede que o apresente discretamente, do género "já que estamos aqui três pessoas a falar e dois não se conhecem, "esta e a x, este é o y". E a conversa desenrola-se...


Jantares, anos de amigos, enfim, um local doméstico.
 
A mulher desesperada funciona como um radar. Vê tudo à sua volta e escolhe o seu "alvo". Neste caso, ataca directamente, mete logo conversa e não deslarga. É verdade universal que muitas vezes dá sinais subtis de estar interessada, mas por norma são tão subtis...que poucos ou nenhum homem percebe!

A mulher relaxada espera que um amigo comum apresente a toda a gente. A partir dai, se estiver com disposição, e se surgir um motivo/razão, mete conversa. Mas não muita. Diria que dá espaço para o homem se mostrar. E se agradar,  poderá haver uma troca de e-mails, facebook, mas sem nunca incluir telemóvel. Este só se dá em fase mais avançada.
Outras desesperadas

Mas quando um homem está num qualquer local e uma mulher não tirar os olhos de um homem - UI...esteja atento! Ou estar no metro e ir se sentar precisamente em frente, a olhar...(já me aconteceu...)

Mas, se o fizer discretamente, mais de uma vez (normalmente três vezes), já podemos estar perante um caso de alguém que está a achar piada, mas dificilmente aceitará uma abordagem directa.

Formas de interacção

Actos que não deixam dúvidas: adiciona-o logo no facebook, envia e-mail de imediato, sms, telefonemas, ou seja, toma a iniciativa mas em modo psycho

A potencialmente interessada: espera que seja ele a contactar. Não dá resposta logo mas também não demora muito. Precisa de conhecê-lo melhor, saber o que faz, como se entretém, os seus gostos, viagens, livros, cinema, ou seja trocarem o máximo de ADN possível. Nada de marcações à pressa. Aqui não há pressas. Um encontro em que estejam presentes os amigos em comum, um café, uma exposição (para já, nada de cinema. Cinema é para as pessoas estarem sem se falarem...)

Moral: um homem por norma,  gosta de conquistar uma mulheres, mesmo sabendo que ela é que está a deixar que as coisas decorram.. (na realidade, são as mulheres que se deixam escolher e não os homens que as escolhem).

Agente Barney"


14 de fevereiro de 2012

E se um desconhecido lhe oferecer flores???

Hoje acordei feliz! Não tenho namorado mas mesmo assim - ou talvez por isso - pensei " Que se lixe o dia dos namorados.Eu nunca quis saber mesmo..."

Pus o meu melhor kit e vim para a rua. Fui elogiada no escritório e ainda recebi dois convites para jantar. São de amigos mas são convites e contam na mesma! Assim que ao meio-dia e meia o meu ego já "não estava entre nós".

Saí para almoçar e, enquanto me dirigia ao restaurante e me achava a última coca-cola do deserto, um desconhecido aproximou-se e deu-me um ramo de flores. Eu sorri, agradeci envergonhada e, no momento que me preparava para ir embora, o desconhecido resolveu falar e disse-me: " São 7 euros".

Foi triste mas acho que o pior foi o que me disse quando lhe devolvi as flores.... " Pelo menos, hoje levas flores para casa"

Sem comentários....


Special Agent Drama


Dia dos Namorados

Confesso que não sou uma adepta fervorosa do dia dos namorados, na verdade nem sequer me aproximo de uma adepta. Talvez até me divirta mais com a ideia quando estou solteira, do que quando tenho namorado. Acho mais engraçado organizar um jantar de solteiros nesse dia para ir na contra-onda, que dedicar-me a arranjar ideias para comemorar o dia dos namorados enquanto casal....

Porque é que não há também um dia dos casados, ou dos divorciados, dos viúvos ou dos solteiros? Acho descriminação para todos aqueles que não estão nessa fase da vida, que não são poucos. É para fazerem inveja aos outros? Ou é para dizerem que têm um dia só vosso, onde tradicionalmente jantam fora, num restaurante recheado de casais, com ementa própria para esse "vosso dia"? Pois muito bem, fiquem lá com o dia 14 de Fevereiro para vocês enquanto nós ficamos com os outros todos.

Entretanto vou aproveitar para ter um programa original nesse dia - pensavam que eu ia ficar em casa, era?! Naaaa, também não sou assim tão do contra, gosto sempre de aproveitar um bom motivo para fazer um programa alternativo -, para isso, tenho andado a sondar qual o convite mais original. E mesmo aproveitando os "desengates", decidi escolher aquele que me parecesse mais extravagante ou simplesmente mais parvo.

Desde que começou a contagem decrescente para o grande dia, já tive uns quantos convites bem interessantes (óbvio que a maioria não está interessada em mim, não faço assim tanto sucesso, são apenas amigos solteiros com vontade de partilhar esse dia com alguém). Passo a partilha-los para que sejam vocês a escolher qual acham que merece ser aceite:


– Queres ir lanchar depois do ginásio? Fazíamos 1 hora de spinning, depois comíamos qualquer coisa num novo espaço que abriu ali mesmo ao lado. - gosto do convite saudável, sem ser declarado;

– O que me dizes de irmos almoçar com a Maria e o João (casal com um filho, amigos dele e não meus) - acho no mínimo estranho, para mim e para o "casal". Não quero mostrar ter uma relação que não tenho.

– Não queres tirar o dia e vinhas fazer-me uma visita ao Porto? - e que tal fazeres tu isso? Vou eu fazer uma viagem, tirar um dia de férias e gastar uma pipa de massa só para tu me veres? Isso é o que eu chamo de comodismo crónico (este já não podem escolher, já passou o prazo e sinceramente também não o faria, mesmo que o pudessem escolher, dava-me demasiado trabalho).

– Vamos jantar na terça a um restaurante onde um amigo meu é cozinheiro? Ele disse que tinha uma mesa reservada para mim nesse dia. - gosto do convite disfarçado de casual, mas claramente a empurrar para ser no dia-dos-namorados. Acham sempre que não chegamos lá...

– Tenho 2 copos de champanhe gelados uma garrafa de champanhe no frio para serem usados ao lado da torre de Belém, ao luar. Como estamos os dois sozinhos, queres fazer-me companhia? - engate trabalhado. Já estava tudo preparado, só faltava a mulher. Quantas não terão recebido o convite. Provavelmente se mais do que uma aceitar só tem de gerir as horas a que vai com cada uma delas.

– Vou ter uma reunião ao lado do teu escritório justamente no dia 14. Posso passar a buscar-te para irmos jantar. - e se eu levar carro para o escritório? O que lhe faço? Vais também levar-me ao carro no fim do jantar?

– Hoje vens jantar comigo! – Este deciciu antes de me perguntar se eu quero. Pelo menos não arriscou ouvir um não (ou enganou-se).

Qual destes programas escolheriam?

13 de fevereiro de 2012

Boa tarde "Sôtor"

Somos um país de Doutores! Toda a gente tem um canudo, gosta de ser tratado por doutor ou senhor doutor e, sobretudo, por você! Quase que não existem vagas em medicina mas somos todos doutores!

Também temos todos grandes carros, boas casas, cartões de crédito no limite e dívidas insustentáveis para pagar ao banco. Mas somos doutores e isso é o que interessa!

O país está a cair aos bocados ( moral e economicamente falando), segundo "barómetros oficiais" o nível de felicidade dos portugueses é semelhante ao de países em guerra civil como a Líbia, temos a auto-estima pelo chão mas continuamos todos de nariz empinado a achar que somos melhor do que os outros, que têm um carro mais pequeno!

Depois há o " a menina é filha de quem?"; os que, orgulhosamente, gastam metade do ordenado no guilty e no Urban beach e que enchem a boca para dizer que foram lá; os que gastam balúrdios nas férias que não podem pagar; os que se endividaram para comprar um Q7 e/ou outros "miminhos" e muitos outros cheios de manias "estranhas".

Eu, pessoalmente, se tivesse que me preocupar com a filiação de toda a gente que conheço, com o carro que conduzo, com o carro que os meus amigos conduzem, com a noite de sexta, com a noite de sábado, com a minha roupa, com a dos meus amigos e com a dos amigos dos meus amigos não teria  tempo para muito mais. Sobretudo, não teria tempo livre para dedicar a coisas mais importantes.

Se calhar não teria tempo livre para a minha família ou para estar com os meus amigos, aqueles que realmente importam, para ler um dos muitos livros estacionado na minha mesa de cabeceira, para boas conversas, bons filmes e bons passeios.

Não me interpretem mal! Eu adoro uma boa noitada com os meus amigos e sou incapaz de sair à noite de cara lavada ou com o cabelo sujo. Também tenho o meu q.b. de fútil mas, felizmente, depois dos 15, perdi muitas manias e snobeiras que adquiri aos 13. Foi como uma dieta realmente eficaz porque consegui tirar estes "kilos" de cima e não voltar a recuperá-los.


Todos sabemos que se estamos gordos cansamo-nos mais rapidamente, não temos energia para fazer todas as coisas que gostaríamos, não nos sentimos bem e olhamos para a boazona do lado e pensamos " Também Quero". Ora, se temos a cabeça atulhada de coisas que não interessam, também não temos capacidade para fazer tudo o que gostaríamos e também olhamos para os outros, os que têm vidas interessantes, com inveja. Mesmo que tenham o carro mais pequeno.....

Special Agent Drama


Mandei o orgulho todo ao ar!

Quem nunca mandou?
Às vezes apetece bater no fundo. Estamos ali naquele momento, irritadas, tristes ou desesperadas e pensamos: "Isto já não vai a lado nenhum, por isso, pelo menos digo tudo o que penso e saio daqui esclarecida!"

Depois disto vale tudo!

Saem-te da boca as coisas mais impensáveis, tens atitudes que saíram directamente de um filme de drama, às vezes berras, outras vezes choras, às vezes chamas demasiado a atenção, noutras envolves terceiros. O que é facto é que saem de ti comportamentos que tu guardaste, sem saber, para utilizar um dia, tudo de uma vez, que tu nem fazes ideia como é que achaste razoável utiliza-los, mesmo como último recurso.

Depois arrependes-te, mas já é tarde.

Arrependes-te sempre. Não gostas de te ver daquela forma. Não consegues perceber porque decidiste perder toda a razão, quando esta estava do teu lado.

São instantes que apetece vive-los, quando não há o a seguir. São pequenos momentos sem futuro, nem racional, vividos em pleno emocional. Que normalmente não resolvem, apenas atrasam a decisão, porque perdemos a razão.

Olhamos para nós próprios, despidos de orgulho, e começamos a tentar juntar as peças que se separaram. Umas vezes durante esse caminho, a vergonha de nós próprios, leva-nos a caminhos nunca esperados. A consciência da realidade torna as formas mais reais e decidimos por nós que não queremos voltar a rever-nos numa situação semelhante e acabamos por largar de vez o que despoletou essa reacção em nós, ou então vamo-nos afundando até há exaustão.

Special Agent Naughty

9 de fevereiro de 2012

Hoje estava uma bomba, foi pena... não viste!

Há dias em que acordamos de manhã a pensar que nos vamos cruzar com determinada pessoa que queremos ver. Arranjamo-nos, vestimos o nosso melhor kit (que naquele dia pareceu que era o melhor), vamos ao pormenor da lingerie que vamos usar e até as meias não são escolhidas ao acaso.

Não é que nos vamos despir, ou que ele tenha um raio-X incorporado nos olhos, é mais para o caso de nos acontecer algum imprevisto, como a nossa roupa incendiar-se por si, ou ao levantarmo-nos da cadeira rasgarmos a saia, ou desmaiarmos num local muito quente e terem de nos despir, ou mesmo termos que dar a nossa roupa a um sem-abrigo que passou por nós quase despido, exactamente naquele dia, que estávamos com o nosso melhor kit.

Levamos o estojo de maquilhagem, no caso de termos de voltar a retocar durante o dia, não vá uma criança borrifar-nos a cara com uma bisnaga, ou alguém dar-nos um beijinho cheio de batom.

A escova do cabelo, para o caso de estar demasiado vento ou cair uma carga de água e deixar-nos o cabelo desalinhado.

Umas toalhitas humedecidas, para que nem uma caganita de pássaro tenha qualquer hipótese de nos estragar o conjunto.

O perfume, para mantermos o mesmo cheiro ao longo de todo o dia.

Se estiver frio, o casaco é só para disfarçar, por debaixo da primeira camada, está um kit inteiramente sexy. Que não chame demasiado a atenção, mas que o faça não tirar olhos.

Temos de estar prevenidas para qualquer eventualidade.
Quando acordamos e decidimos que naquele dia vamos entrar a matar – cuidado connosco – pensamos em tudo! Não há nada deixado ao acaso.

A não ser... O facto de não encontrarmos quem queríamos.
E lá temos nós de voltar a escolher um novo kit e repetir todo o processo no dia seguinte.

Por isso é que as nossas carteiras hoje em dia já têm sempre TUDO e nós andamos sempre arranjadas com o nosso melhor kit (o nosso roupeiro já nem tem kits medianos), não vá ser "hoje" o dia em que o vamos encontrar!




Special Agent Naughty

8 de fevereiro de 2012

Associação Recreativa das Mulheres-Camarão

Desde que se descobriu que a cabeça do camarão é a melhor parte, as Mulheres-Camarão caíram em desuso absoluto, foram banidas do vocabulário e elas sentem-se revoltadas, por esse motivo uniram esforços na tentativa de voltarem novamente a implementar-se na sociedade. Assim nasceu a Associação Recreativa das Mulheres-Camarão.

Esta associação tem como principais filiadas, todas aquelas mulheres que têm um corpo fabuloso, mas que têm uma cabeça que não passou pela selecção criteriosa de Afrodite (Deusa da Beleza).

Mas desde quando é que existe perfeição? O normal é ter-se um corpo ou uma cara mediana, que não deve nem muito nem pouco a nenhum dos grandes critérios de beleza. Já estas senhoras-camarão, têm uma das características em grande quantidade, logo, não podiam ter tudo, seria injusto para todas as outras mulheres que ficavam em clara desvantagem.

Assim fica tudo equilibrado. E no caso das Mulheres-Camarão: um corpo-de-se-comer compensa em grande uma cara-não-muito-bonita.

Até porque sinceramente, com esses corpos óptimos, quem é que quer olhar para a cara?
Nem vale a pena ter uma cara bonita, seria mesmo um perfeito desperdício. Assim olha-se apenas para o que vale realmente a pena.

E é isso mesmo que estas senhoras vêm reivindicar: o direito a ser-se Mulheres-Camarão é igual a ser-se mulher-linda-de-morrer, ou mulher-de-olhos-fantásticos, ou mulher-com-bom-rabo, ou mulher-grandes-mamas. Na verdade é até melhor, porque a percentagem de área de beleza ocupada é muito maior.

Por mim acho que têm toda a razão e por isso juntei-me a esta causa. Digam sim às cabeças de camarão! Para dizerem sim, façam como eu, divulguem esta campanha e façam share no vosso mural.

Sim às Mulheres-Camarão!

Special Agent Naughty

7 de fevereiro de 2012

Hollywood e o photoshop das relações

As comédias românticas estão para as relações como o photoshop está para as modelos e ambos têm o mesmo efeito: frustrar-nos!

Todas queremos ter as pernas de sonho que vemos nas revistas e não me refiro apenas a pernas altas e magras. Falo de pernas sem celulite, sem uma veia a ver-se, sem um pelo encravado, sem nada... falo dessa pela de bebé que nenhum ser humano com mais de 10 anos pode ter. E quem diz pernas, diz braços, diz mulheres de 53 anos sem uma única ruga, maminhas grandes e empinadas, pés perfeitos, sorrisos brancos imaculados e cabelos hidratados e nutridos. Ou seja, quem diz pernas diz corpos impossíveis de alcançar sem recurso ao trio do melhor cirurgião/cabeleireiro/maquilhador do mundo ou ao photoshop.

Inglaterra acaba de proibir a publicação de anúncio da Loreal porque a actriz Rachel Weisz estava tão retocada/perfeita que a imagem que era irreal e isso frustra as pessoas! Eu aplaudo a iniciativa e peço a todas as produtoras de cinemas que sigam o exemplo e que parem de nos traumatizar com histórias de amor "bollywoodescas". Porque da mesma maneira que acreditamos que um creme nos tira todas as rugas e manchas se aplicado diariamente, também chegamos a acreditar que o nosso amigo/caso/namorado/marido se vai comportar como os galãs de cinema. Que vai passar sinais encarnados, arriscando a própria vida, numa mota a alta velocidade só para evitar que apanhemos o próximo avião, que vai organizar um flashmob junto ao rio ou que vai enviar um avião com mensagens de amor...  E todos sabemos que isso não vai acontecer! Porque, da mesma maneira que o creme funciona mas não faz milagres, o nosso amigo/caso/namorado/marido vai ser romântico mas à maneira dele... e vai-nos saber a pouco! Porque vamos querer que ele faça milagres e vamos exigir dele o impossível para, no fim, acabarmos os 2 frustrados. Ele porque não ter conseguido estar à altura das expectativas e nós porque o nosso amigo/caso/namorado/marido não saltou da ponte 25 de Abril - em directo para a televisão - só para mostrar ao mundo o quanto nos ama.

A verdade é que chegados a este ponto e depois de muita lavagem cerebral não sei o que vos diga. Por mais que me tente convencer que desta vez vai ser diferente e que não vou cair no erro de exigir tanto desta relação como das anteriores sei que a mínima aproximação a uma sala de cinema me pode arruinar os planos. A não ser que o cinema seja alternativo o suficiente para passar um filme árabe que conte a história do Mohamed e das suas 3 mulheres...

Special Agent Drama



A vida dos outros é sempre mais fácil

Sou uma teórica, tenho opinião para tudo, ou tenho a mania que tenho, e estou sempre a tentar arranjar teorias que sustentem certo tido de atitudes ou comportamentos.

Penso demais, e estou convencida que há um motivo para tudo. Não consigo entender aquilo que não está ao meu alcance e desespero por tudo o que sai fora do meu controlo.

No fundo sou uma opinada sobre tudo e todos, mas uma incompetente em tudo o que são matérias que me envolvam directamente.

Sou dura com os outros, rigorosa nas minhas opiniões, assertiva sobre o que acho que deve ser feito, mas peço muitas vezes para fazerem mais do que eu própria faço, quando me calha a mim.

Tenho a mania que temos de ser mais fortes, que não há "eu não consigo", apenas "vou esforçar-me para conseguir", que quanto mais depressa tomarmos uma decisão, mais depressa chegamos ao resultado, sou da opinião que, se de fora é tão fácil, então temos mais é de seguir logo o caminho mais curto... Sim, opiniões... porque quando me toca a mim, não sou assim tão exigente, ou bloqueio a minha visão de realidade e começo a achar a típica frase "comigo é diferente".

Na verdade todos somos um pouco assim, temos a mania que a vida dos outros é mais fácil, que se fossemos nós que estivéssemos no lugar de, fazíamos desta e daquela forma e tudo se resolvia num instante. Mas sempre que nos vemos na situação, parece que o discernimento fica distorcido, a perspectiva baralha-se e o que, uma vez de fora, parecia fácil, quando é connosco, a razão perde-se e deixa de ter sentido.

Tenho de começar a aplicar as minhas teorias comigo mesma, a escrever o que vejo de fora, para que as possa ler, quando estou por dentro.

Special Agent Naughty

5 de fevereiro de 2012

Nunca tens tempo para mim!

Tenham calma! – Passamos a vida a dizer umas às outras – ele vai dizer alguma coisa, mas não é já.

O problema é, como um amigo me dizia no outro dia, – para as mulheres, cada vez que estão connosco um determinado tempo, na vez seguinte têm de somar ou multiplicar o tempo à vez anterior" – e eu só posso concordar com ele.

Cada vez que estamos com um homem que gostamos, que estamos ainda a conhecer, ou com quem já temos uma relação, a multiplicação ou a soma mantém-se, temos ânsia de voltar a estar mais tempo, aproveitar ao máximo. Nós mulheres, levamos à letra – aproveita o dia de hoje como se fosse o último – o problema é que pode ser sempre o último e a nossa maior vontade é estar com a pessoa de quem gostamos. Qual ser leve ou coisa parecida? o que interessa é estar, porque isso é que sabe bem.

O homem se gostou, vai ligar, mas não é logo. Ele gosta de fazer a vida dele como sempre fez, o cérebro dele concentra-se noutras coisas. Quer estar connosco? sim, se não o pressionarmos, se for fácil, se ele puder ter a vida dele como gosta e acrescentar-nos aos poucos. Uma coisa de cada vez. Primeiro tem de se habituar à nossa existência, a dividir parte do tempo dele que já está totalmente ocupado, e devagar ir tendo um encontro aqui, outro ali, até ao dia em que esses encontros começam a ser mais regulares. Mas não tenhas pressa, demora! E se pressionares, foge de ti num instante. Se já tem contigo uma relação, já deu mais no inicio, agora já voltou novamente à rotina dele.

As mulheres conseguem ter uma vida num dia e adapta-la toda de forma diferente no dia seguinte, como se tivessem estado o tempo todo a reservar aquele tempo para alguém que o viesse ocupar. Somos diferentes dos homens. É facto. Daí a grande dificuldade em nos entendermos.

Gostas que ele aprenda a lidar contigo, então tenta fazer o mesmo. Não vale a pena exigir só o vais fazer sentir-se encurralado. Vai com calma, tenda dar-te essa tranquilidade também a ti. Aprende a aproveitar quando estão juntos e a ocupar mais o teu tempo quando não estão.

Não multipliques, nem somes. Também não deixes a tua vida no botão de "pause" à espera que ele combine alguma coisa para tu estares disponível para ele. Descontrai. Se não puderes na primeira vez, vais com certeza poder na segunda e a vontade só aumentou, o encontro só pode ser mais desejado, logo, melhor.

Special Agent Naughty

2 de fevereiro de 2012

Qual é o teu rótulo?

Há quem rotule tudo e todos.

Mal olha é como se a pessoa tivesse um código de barras instalado na testa ou então tem um leitor de RFID que consegue receber a informação via rádio frequência que o faz perceber automaticamente que tipo de pessoa passou mesmo agora ali à sua frente. Lê o tipo de personalidade, a inteligência, os interesses, o estilo de vida, o tipo de amigos, tudo! Segundo a pessoa que rotula, consegue saber se é ou não uma pessoa que interessa conhecer.

Há sempre um Beto, uma pirosa, um chunga, uma beata, um engatatão, uma vaca, um snob, uma interesseira, um graxista, uma com a mania, um bimbo, uma atiradiça, um totó, uma depressiva, um workaholic, uma insegura, um certinho, uma galdéria...

Há etiquetas para todos os gostos e feitios, com cores diferentes ou às riscas, quadradas ou redondas, a bold ou em itálico.

Já todos tivemos pelo menos uma e há quem faça colecção, há quem corra atrás para ter uma e há quem se tente livrar da que tem, há quem se orgulhe da sua e a exiba, e há quem esconda uma no bolso para poder mostrar a outra que falsificou.

Nem todos temos essa capacidade "especial" de rotular, por isso, acho que o ideal é termos sempre à mão um "rotulador" por perto (como um sistema de emergência a accionar quando temos dúvidas) não vamos nós enganar-nos, assim, recebemos a informação toda filtrada e o grupo a que pertence, mesmo antes de dirigirmos palavra.

Se o "rotulador" tivesse um sistema de etiquetas que saísse automaticamente com a informação toda por escrito, seria mais simples - colocávamos o título do rótulo na testa da pessoa rotulada e a informação restante, correspondente ao título, nas costas - assim bastava olhar para a testa, ver se interessava, depois se chamasse a atenção ou a curiosidade, virávamos e líamos o contra-rótulo. Pelo menos garantíamos que não íamos ao engano, caso contrário, se não correspondesse ao que estava escrito na bula, poderíamos sempre fazer queixa à DECO, por nos estarem a tentar vender o produto errado e acabaríamos por pedir a demissão do "rotulador" e substituíamos por um novo.

Sem "rotulador" é que não!




Special Agent Naughty

1 de fevereiro de 2012

A minha vida dava uma telenovela... portuguesa

Quando era mais nova era viciada nas telenovelas brasileiras. Sabia as músicas da Tieta de cor, era apaixonada pelo Roque Santeiro - que tinha mais 37 anos do que eu - e vibrava com a Tancinha. Depois cresci e fui perdendo o interesse, sem nunca deixar de reconhecer o valor daqueles actores, todos giros, sarados e bem preparados para a interpretação. Quem é que nunca despachou as iscas num pis-pás só para poder ver a Maitê Proença??

Entretanto, os canais começaram a luta pelas audiências e só passavam telenovelas e assim, o nervosismo para as ver  foi substituído pelo stress em procurar programas alternativos na televisão. Deixou de ter graça esperar pelo fim do telejornal porque estavam sempre a passar e a Paula Neves ocupou o lugar da Regina Duarte e, foi assim, que me irreconciliei com a Glória Pires e com o António Fagundes.

Depois a coisa descontrolou-se e a TVI começou a produzir uma média de 6 telenovelas ao mês. Ora, com tantas telenovelas e tão poucos argumentistas nacionais, a coisa tinha que descambar e foi assim que surgiram "never ending stories" sem interesse nenhum e com argumentos insípidos.... historiazinhas!

Eu, pelo meu lado, também fui crescendo, deixando a redoma dos amigos do colégio e fui conhecendo mais pessoas e enfrentando novos problemas. E, de repente, dei por mim metida numa telenovela. Não num episódio isolado mas num "Anjo Selvagem", numa "Floribela" ou numa qualquer desse estilo sempre e quando seja um imbróglio gigante e dure anos sem fim.  Passei a ter problemas, os meus amigos idem, conheci pessoas novas - uma ou outra desiquilibrada e alguma má  - tive relações frustradas, comecei a trabalhar que nem um cão e passei a ter que me sustentar.

Não é que eu tenha uma vida má, antes pelo contrário. Mas às vezes apetecia-me voltar atrás e não ter que passar por muitos dos problemas de cárácácá que aparecem no dia a dia e, sobretudo, preferia que não se inventassem histórias onde não há. Como fazem alguns argumentistas portugueses.

Preferia estar metida numa grande história e poder dizer "Meti-me num filme", mas nem isso. Ou ter 30 criados em casa para que a telenovela fosse brasileira mas também não é por aí. Assim que só me resta esperar que as coisas voltem a ser como antes e voltar ao tempo em que estava todos os dias com os meus amigos,  em que os meus pais me pagavam as contas, em que só recebíamos boas notícias e em que tínhamos tempo para tudo e todos. E, sobretudo, em que as nossas expectativas não eram tão altas e em que as histórias não tinham finais recambulescos, como nas telenovelas portuguesas...


Special Agent Drama



Socorro! Chegaram as relações biológicas

O que são as relações biológicas? São relações que demoram muito tempo a arrancar, a desenvolver e quando estão no ponto certo, têm um prazo de validade muito curto!

Eu bem alertei para a possibilidade da chegada desta moda, quando escrevi sobre as relações fast-food. Ninguém me quis dar ouvidos, acharam que o fast-food nunca é saudável (é facto que engorda porque estamos sempre satisfeitos e de barriga cheia) e que quando chegassem as relações biológicas é que íamos andar todas em forma. Em forma vamos andar, até porque vamos andar à mingua só de não conseguirmos pôr nada no estômago com tanta ansiedade...

As relações biológicas são aquelas relações que vão engonhando sem chegar a lado nenhum em concreto. Começam com um telefonema aqui, outro ali, mas esporádicos. Um ameaçar de encontro, às vezes até acabam mesmo por se encontrar, mas depois não há qualquer seguimento. Parece que estão no bom caminho, mas no dia seguinte volta sempre ao ponto zero: a lado nenhum.

As relações biológicas são o pior que há! Achamos que estamos a apostar, que estão a apostar em nós, mas depois ficamos novamente com dúvidas, novamente com certezas e não saímos daqui. Acabamos por nos prender a uma não-relação, não damos outras oportunidades porque estamos convencidas que dali, mais tarde ou mais cedo, vai surgir alguma coisa, nunca perguntamos para não ir depressa demais, mas nunca estamos satisfeitas, porque não estamos a ir a lado nenhum.

Magrinhas vão ficar, porque os frutos que vão semear, não vão conseguir consumir na totalidade. A maioria vai apodrecer, outros têm curta duração e outros trazem bicho.

Uma vez que o fast-food só faz engordar, o biológico deixa-nos mal dispostas sugiro o tradicional: arranjem a vossa horta, comecem a plantar, não se preocupem em que seja totalmente natural, nada disso, deitem-lhe alguns químicos para preservar melhor durante mais tempo e para afastar as moscas que queiram poisar na vossa propriedade.


Special Agent Naughty